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Livro

Doces Rabiscos

Meu blog artesanal, onde palavras, papéis e leitura costuram partes de mim

As histórias que me atravessam (e um lugar para que habitem)


Um dia desses, rolando a tela do celular sem qualquer objetivo, me deparei com a seguinte pergunta: "Qual é sua princesa favorita dos contos de fadas?"

A resposta sempre esteve na ponta da língua — Bela — mas não faz tanto tempo assim que compreendi os porquês, além da minha óbvia identificação com seu amor pelos livros.


Foi numa conversa com um velho amigo, há cerca de dois anos, que percebi as muitas camadas da minha afeição: a coragem silenciosa, a capacidade de enxergar além, o desejo por algo mais profundo que as aparências, o amor pelos detalhes... apenas para começar a citar tudo aquilo que me espelhava muito mais do que eu supunha.


Mas este texto não é exatamente sobre ela.

É sobre o que aconteceu depois.


Revisitar a Bela me fez revisitar também outras histórias que deixaram marcas, acenderam palavras e moldaram alguns de meus silêncios. Personagens que me fizeram — fazem — companhia. Frases que, mesmo depois de muito tempo, ainda moram em mim.


Toda essa reflexão me inspirou e me levou a começar algo que sempre pensei em fazer, mas nunca tinha começado... até aqui: meu caderno de leituras.


(Bom, na verdade, acabou levando a muito mais — esse blog, por exemplo — mas vamos por partes.)


Não se trata de montar um catálogo do que li ou estou lendo, mas sim de criar um abrigo. Abrigo feito de papel para as histórias que deixaram cicatrizes, tatuagens e também para aquelas que sussurram e cativam a alma.


Sim, a primeira página foi da "A Bela e a Fera". Mais dela, Bela. Comecei por ela porque, de alguma forma, ela também começou em mim.


Meu caderno é simples e vai crescendo devagar... Cada história ocupando uma página (ou mais). Sempre escrito à mão, com frases soltas, sensações, colagens, recortes... e o que mais vier no momento.


Um caderno íntimo, costurado com alma, feito de silêncio, afeto e alguma meta. Pois, mesmo sendo livre, carrega traços do meu lado que pede por ordem e alicerce. Talvez, esse projeto também seja isso: um jeito de harmonizar as duas — a que sente e a que estrutura.


Talvez seja uma tentativa de me reencontrar em cada uma dessas histórias. De entender por que certas palavras grudam na pele. Por que alguns enredos ainda doem. Por que alguns personagens se tornam lar e por que alguns cenários parecem me revelar.


Talvez ele me ajude a costurar pedaços de mim que o tempo desfiou. Pintar as cores que a vida desbotou.


E, talvez, mesmo sem perceber, eu não esteja apenas escrevendo sobre as histórias que li, mas reaprendendo a ler sobre o que eu sou.


Alguns me chamam de Dri, outros de Nana. Aqui, entre papéis, palavras, rabiscos e sentimentos, sou Dreenana.

E este é meu favo: abrigo doce e criativo para quando a vida precisa de dobras mais suaves.


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